Análise do Livro Didático
SOUZA, Joanita. Brincando com as palavras, 2º Ano. 2ª Edição / 5º Impressão.
MATRIZ - SÃO PAULO (SP): Editora do Brasil S/A, 2009.
Hoje em dia ainda persistem práticas inadequadas e irrelevantes que não condizem com as mais recentes concepções de língua e, consequentemente, com os objetivos mais amplos que legitimamente se pode pretender para o ensino da Língua Portuguesa.
Há uma grave crítica perante a escola no sentido de que a mesma não estimula a formação de leitores, não deixa os alunos capazes de ler e entender manuais, relatórios, códigos, instruções, poemas, crônicas, resumos, gráficos, tabelas, artigos, editoriais e muitos outros materiais escritos, não conseguindo assim descobrir as regularidades do funcionamento interativo da língua, que só é possível de acontecer através de textos orais e escritos e práticas discursivas mais diversas, conforme as situações sociais que se inserem.
É evidente que causas externas à escola interferem, de forma decisiva, na determinação de um resultado satisfatório. A escola reflete as condições gerais de vida da comunidade em que está inserida. Porém, também é evidente que fatores internos à própria escola condicionam a qualidade e a relevância dos resultados alcançados.
Em sala de aula, no âmbito da oralidade...
...ainda ocorre uma quase omissão da fala como objeto de exploração, que pode ser explicada com base numa crença ingênua de que os usos orais da língua estão ligados à vida de todos nós que nem precisam ser matéria de sala de aula. Isso ocasiona uma generalizada falta de oportunidades de se explicitar em sala de aula os padrões gerais da conversação, de se abordar a realização dos gêneros orais de comunicação pública, que pedem registros mais formais, com escolhas lexicais mais especializadas e padrões textuais mais rígidos, além do atendimento e certas convenções sociais exigidas pelas situações do "falar em público".
No âmbito da escrita...
...ocorre a prática de uma escrita mecânica e periférica, centrada, inicialmente nas habilidades motoras de produzir sinais gráficos e , mais adiante, na memorização pura e simples de regras ortográficas, ignorando a interferência decisiva do sujeito aprendiz, na construção e na testagem de suas hipóteses de representação gráfica da língua.
No âmbito da leitura...
...há uma atividade de leitura puramente escolar, sem gosto, sem prazer, convertida em momento de treino, de avaliação ou em oportunidade para futuras "cobranças"; leitura que é assim, reduzida a momentos de exercício, sejam daqueles que têm de culminar com a elaboração das conhecidas "fichas de leitura'.
Flavia, esta postagem ficou muito boa. !! Gostei de ter colocado exemplos do livro! Isso ajuda a visualizarmos os aspectos do livro e a articular com a análise que você fez.!! Muito bom.
ResponderExcluirIvan