quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Portfólio Eletrônico: vantagens & dificuldades

               O uso do Portfólio Eletrônico é um tema que sempre gera grandes polêmicas. Qual seriam então suas vantagens? Quais os desafios que teremos de enfrentar para poder utilizar este método de avaliação formativa?

O Portfólio possui um caráter inovador, proporcionando uma experiência única para aqueles que o utilizam, permite que o alunos acompanhem de perto sua evolução no processo de aprendizagem e possuam assim consciência do aprender, fornece uma certa sensação de liberdade, pois é um ambiente individual onde cada um pode expressar sua opinião sem medo de ser feliz...rs, articula teoria e prática, desenvolve a autonomia e a capacidades de manusear múltiplos recursos e possibilita a autoavaliação.

Porém, existem alguns problemas relacionados a produção dos portfólios. Dentre eles estão: o preconceito de alguns alunos perante a novas tecnologias, o medo em se expressar, pois muitas de nós alunos, nunca se depararam antes com a possibilidade de expressar nossas opiniões, a falta de estrutura de algumas escolas e faculdades etc.

Na minha opinião, a educação e o ambiente escolar devem acompanhar os avanços da sociedade. A escola é um ambiente de sociedade e deve ser encarada como tal. Com isso, não há porque não utilizar as novas práticas educacionais, desde que as mesmas venham a contribuir para a evolução da educação.

O início de uma nova fase na educação


Até agora no decorrer deste curso de graduação em Pedagogia, o tema avaliação esteve em constante evidência. Meus professores, com raras exceções, sempre enfatizaram a importância de se realizar novas práticas que viessem a contribuir e até mesmo a modificar essa questão. A avaliação durante muitos anos foi construída apenas com base em notas que alunos tiveram em provas, testes etc. Hoje em dia, há uma grande preocupação a respeito deste método de avaliação... Os educadores passaram a questionar se este seria realmente a melhor forma de avaliar os alunos, e a partir de então surgiram novos métodos; um deles é o método da Avaliação Formativa.

Esse tipo de avaliação tem caráter democrático e serve para favorecer o desenvolvimento e as aprendizagens, proporcionando à alunos e professores uma reflexão quanto ao que está sendo ensinado (se os métodos educacionais estão obtendo resultados satisfatórios etc). Faz com que o aluno reflita a respeito de seu próprio desenvolvimento fazendo com que o mesmo perceba-se em constante movimento de mudança.

Em meio a tentativas de mudança a respeito da avaliação, surge o Portfólio Eletrônico, que além de ser uma prática de avaliação inovadora é também um suporte para a ancoragem do processo de produção do conhecimento do ao aluno. É um ambiente individual que caracteriza-se por um conjunto de produções do aluno em todo seu processo de aprendizagem e construção do conhecimento.

Existem alguns princípios para suas elaboração: 1º é preciso que alunos realizem uma reflexão, tomando decisões sobre como incluir suas produções (tendo a possibilidade de refazê-las sempre que necessário); 2º a construção e a elaboração de seus blogs, ou outras ferramentas que possuam o mesmo objetivo, são realizadas pelos próprios alunos; 3º é preciso ter criatividade, para saber transmitir o conhecimento de forma inovadora, interessante; 4º autoavaliação, é um dos principais desafios para os alunos, pois estes devem ter senso crítico e honestidade para avaliar suas próprias produções; 5º parceria, para que alunos e professores possam juntos participar do trabalho pedagógico; e por fim 6º autonomia, onde o aluno percebe que precisa trabalhar com autonomia.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Discurso: ouvir e pensar, eis a questão!


O livro de Michel Focault, “A Ordem do Discurso” me fez repensar quanto ao significado da palavra “discurso”. Passei então a refletir sobre a razão de sua existência e sobre as influências que o mesmo provoca no mundo. Como já suspeitava, percebi que absolutamente nada neste mundo acontece em vão e que por mais simples que algo possa parecer, com certeza, ele não é! Como disse Focault, “(...) que não se pode dizer tudo, que qualquer um não pode falar qualquer coisa”, ainda é uma verdade que em pleno século XXI no contexto de uma sociedade repleta de “tabus” não podemos conversar sobre qualquer assunto, a qualquer hora, em qualquer local... existem pré-determinações que rotulam e limitam nossos atos. O discurso é oriundo daqueles que detêm o poder; “(...) o poder pelo qual queremos nos apoderar (...)”; as palavras são usadas como forma de dominação e costumam ir muito mais além do que se diz.
Ao mesmo tempo, o discurso é questionável, provoca a sensação da dúvida, da angústia, aguça os pensamentos à descoberta da verdade. E é exatamente este sentimento que enquanto educadora pretendo despertar em meus alunos. É necessário adquirir conhecimento, fugir da alienação e conectar-se ao mundo que está em volta usufruindo de todas as possibilidades, mas também é importante que se formem cidadãos pensantes que não aceitem qualquer informação que lhes é transmitida, que raciocinem, reflitam e procurem novas soluções, novas verdades e novos discursos.