quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Discurso: ouvir e pensar, eis a questão!


O livro de Michel Focault, “A Ordem do Discurso” me fez repensar quanto ao significado da palavra “discurso”. Passei então a refletir sobre a razão de sua existência e sobre as influências que o mesmo provoca no mundo. Como já suspeitava, percebi que absolutamente nada neste mundo acontece em vão e que por mais simples que algo possa parecer, com certeza, ele não é! Como disse Focault, “(...) que não se pode dizer tudo, que qualquer um não pode falar qualquer coisa”, ainda é uma verdade que em pleno século XXI no contexto de uma sociedade repleta de “tabus” não podemos conversar sobre qualquer assunto, a qualquer hora, em qualquer local... existem pré-determinações que rotulam e limitam nossos atos. O discurso é oriundo daqueles que detêm o poder; “(...) o poder pelo qual queremos nos apoderar (...)”; as palavras são usadas como forma de dominação e costumam ir muito mais além do que se diz.
Ao mesmo tempo, o discurso é questionável, provoca a sensação da dúvida, da angústia, aguça os pensamentos à descoberta da verdade. E é exatamente este sentimento que enquanto educadora pretendo despertar em meus alunos. É necessário adquirir conhecimento, fugir da alienação e conectar-se ao mundo que está em volta usufruindo de todas as possibilidades, mas também é importante que se formem cidadãos pensantes que não aceitem qualquer informação que lhes é transmitida, que raciocinem, reflitam e procurem novas soluções, novas verdades e novos discursos.

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