quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Saeb e Prova Brasil

O Sistema de Avaliação da Educação Básica é composto por duas avaliações complementares: Aneb , Avaliação Nacional da Educação Básica, aplicada em alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental de escolas publicas e privadas, e Aneresc, Avaliação Nacional do Rendimento Escolar mais conhecida como Prova Brasil, é aplicada em alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental público, nas redes estaduais, municipais e federais, de área rural e urbana, em escolas que tenham no mínimo 20 alunos matriculados na série avaliada. 

O Saeb é aplicado a cada dois anos com provas de Língua Portuguesa e Matemática alem de questionários socioeconômicos, tem como finalidade realizar um diagnóstico do sistema educacional brasileiro, fornecendo um indicativo a respeito da qualidade do ensino. A Prova Brasil foi criada com o objetivo de coletar informações sobre o ensino oferecido em cada escola e município.



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Discussão crítica de certas práticas escolares tradicionais no ensino do Português.

Análise do Livro Didático
SOUZA, Joanita. Brincando com as palavras, 2º Ano. 2ª Edição / 5º Impressão.
 MATRIZ - SÃO PAULO (SP): Editora do Brasil S/A, 2009.

     Hoje em dia ainda persistem práticas inadequadas e irrelevantes que não condizem com as mais recentes concepções de língua e, consequentemente, com os objetivos mais amplos que legitimamente se pode pretender para o ensino da Língua Portuguesa.
     Há uma grave crítica perante a escola no sentido de que a mesma não estimula a formação de leitores, não deixa os alunos capazes de ler e entender manuais, relatórios, códigos, instruções, poemas, crônicas, resumos, gráficos, tabelas, artigos, editoriais e muitos outros materiais escritos, não conseguindo assim descobrir as regularidades do funcionamento interativo da língua, que só é possível de acontecer através de textos orais e escritos e práticas discursivas mais diversas, conforme as situações sociais que se inserem.
     É evidente que causas externas à escola interferem, de forma decisiva, na determinação de um resultado satisfatório. A escola reflete as condições gerais de vida da comunidade em que está inserida. Porém, também é evidente que fatores internos à própria escola condicionam a qualidade e a relevância dos resultados alcançados.

Em sala de aula, no âmbito da oralidade...


...ainda ocorre uma quase omissão da fala como objeto de exploração, que pode ser explicada com base numa crença ingênua de que os usos orais da língua estão ligados à vida de todos nós que nem precisam ser matéria de sala de aula. Isso ocasiona uma generalizada falta de oportunidades de se explicitar em sala de aula os padrões gerais da conversação, de se abordar a realização dos gêneros orais de comunicação pública, que pedem registros mais formais, com escolhas lexicais mais especializadas e padrões textuais mais rígidos, além do atendimento e certas convenções sociais exigidas pelas situações do "falar em público".


No âmbito da escrita...


...ocorre a prática de uma escrita mecânica e periférica, centrada, inicialmente nas habilidades motoras de produzir sinais gráficos e , mais adiante, na memorização pura e simples de regras ortográficas, ignorando a interferência decisiva do sujeito aprendiz, na construção e na testagem de suas hipóteses de representação gráfica da língua.

No âmbito da leitura...



...há uma atividade de leitura puramente escolar, sem gosto, sem prazer, convertida em momento de treino, de avaliação ou em oportunidade para futuras "cobranças"; leitura que é assim, reduzida a momentos de exercício, sejam daqueles que têm de culminar com a elaboração das conhecidas "fichas de leitura'.

PCN


  • Fundamentos do ensino da Língua Portuguesa.

           Toda criança que inicia seu primeiro ciclo na escola possui conhecimentos linguísticos advindos de seu dia a dia; é através da linguagem que as pessoas constroem sentidos sobre a vida. O ponto de partida para transmitir conhecimento ao aluno é observar os usos que o mesmo já faz da língua ao chegar à escola.

            As atividades de aprendizagem da Língua Portuguesa são extremamente enriquecidas num contexto de cooperação, ou seja, com base numa prática educativa fundamentalmente apoiada na interação grupal, que, apesar de só se materializar no trabalho em grupo, não significa necessariamente a mesma coisa.


    • Objetivos gerais da Língua Portuguesa.

             As práticas educativas devem ser organizadas para que os alunos sejam capazes de: compreender o sentido das mensagens orais e escritas identificando o que é importante ou não de acordo com as intenções do autor, ler textos dos gêneros previstos para o ciclo compreendendo o conteúdo transmitido, utilizar a linguagem oral estabelecendo uma boa comunicação de acordo com o que está sentindo podendo assim expressar seus pensamentos claramente, participar de diferentes situações de comunicação oral sendo capaz de ouvir a opinião alheia e comportar-se adequadamente, produzir textos escritos coesos e coerentes, preocupar-se com a forma ortográfica e considerara a necessidade das várias versões que a produção do texto escrito reque, emprenhando-se em produzi-las com ajuda do professor.


    • Conteúdos a serem trabalhados na Língua Portuguesa.

                A produção de textos encontra-se desvinculada da alfabetização inicial. Algumas atividades, como por exemplo a leitura de uma historinha, demonstra que o conhecimento sobre a linguagem escrita pode ir sendo construído antes mesmo que se saiba escrever autonomamente, mas para isso é preciso que os alunos do primeiro ciclo participem frequentemente de atividades de escuta da leitura de textos impressos e de atividades nas quais se realizem tanto a leitura como a produção de textos.

              O professor deve propor aos alunos que leiam e escrevam, organizando situações de aprendizagem que possibilitem a discussão e reflexão sobre a escrita alfabética fazendo com que o sistema de escrita seja construído o quanto antes. Para uma satisfatória realização deste processo é preciso que se ofereça fontes de informação ao processo de aprendizagem da língua escrita.


  • Oralidade e Escrita.
Na língua oral é preciso que os alunos sejam capazes de ouvir com atenção os assuntos tratados e sejam capazes de participar do mesmo, manifestar e acolher opiniões, propor temas, contar fatos a respeito de sua experiência, narrar fatos ocorridos com clareza e coerência, contar histórias, descrever personagens, cenários e objetos e adequar o vocabulária com a respectiva situação.
No caso da língua escrita devem praticar a leitura coordenando texto e contexto, utilizar indicadores para fazer antecipações e inferências em relação aos conteúdos, socializar experiências de leitura, consultar fontes de informação, manusear leitura de livros em classe e na biblioteca etc. E na prática de produção de texto devem saber identificar a finalidade do texto e as características do gênero, conhecer o sistema de escrita em português, separar palavras corretamente, utilizar adequadamente recursos do sistema de pontuação, separar discursos direto e indireto, estabelecer regularidades ortográficas e constatar possíveis irregularidades no decorrer do texto, organizar ideias de acordo com as características textuais de cada gênero, utilizar recursos coesivos do sistema de pontuação e planejar o texto, redigindo rascunhos, revisões e apresentação com orientação.

  • Critérios de avaliação da Língua Portuguesa.
O aluno deve narrar histórias conhecidas e relatos de acontecimentos, mantendo o encadeamento dos fatos e sua sequência cronológica, ainda que com ajuda, sendo capaz de reproduzir uma história que o mesmo tenha conhecimento, respeitando a temporalidade dos fatos e as características dos acontecimentos; demonstrar compreensão do sentido global de textos lidos em voz alta, sendo capaz de transmitir as demais pessoas o que o mesmo compreendeu a respeito do texto que foi lido; ler de forma independente textos cujo conteúdo e forma são familiares, conseguindo compreender a ideia global; e escrever utilizando a escrita alfabética, demonstrando preocupação com a segmentação do texto em palavras e em frase e com a convenção ortográfica.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Gêneros Textuais

Exemplos de diferentes gêneros textuais no nosso cotidiano:

1- Convite de aniversário

2- Receita culinária
3- Bilhetinhos (Ex.: Na agenda escolar)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Portfólio Eletrônico: vantagens & dificuldades

               O uso do Portfólio Eletrônico é um tema que sempre gera grandes polêmicas. Qual seriam então suas vantagens? Quais os desafios que teremos de enfrentar para poder utilizar este método de avaliação formativa?

O Portfólio possui um caráter inovador, proporcionando uma experiência única para aqueles que o utilizam, permite que o alunos acompanhem de perto sua evolução no processo de aprendizagem e possuam assim consciência do aprender, fornece uma certa sensação de liberdade, pois é um ambiente individual onde cada um pode expressar sua opinião sem medo de ser feliz...rs, articula teoria e prática, desenvolve a autonomia e a capacidades de manusear múltiplos recursos e possibilita a autoavaliação.

Porém, existem alguns problemas relacionados a produção dos portfólios. Dentre eles estão: o preconceito de alguns alunos perante a novas tecnologias, o medo em se expressar, pois muitas de nós alunos, nunca se depararam antes com a possibilidade de expressar nossas opiniões, a falta de estrutura de algumas escolas e faculdades etc.

Na minha opinião, a educação e o ambiente escolar devem acompanhar os avanços da sociedade. A escola é um ambiente de sociedade e deve ser encarada como tal. Com isso, não há porque não utilizar as novas práticas educacionais, desde que as mesmas venham a contribuir para a evolução da educação.

O início de uma nova fase na educação


Até agora no decorrer deste curso de graduação em Pedagogia, o tema avaliação esteve em constante evidência. Meus professores, com raras exceções, sempre enfatizaram a importância de se realizar novas práticas que viessem a contribuir e até mesmo a modificar essa questão. A avaliação durante muitos anos foi construída apenas com base em notas que alunos tiveram em provas, testes etc. Hoje em dia, há uma grande preocupação a respeito deste método de avaliação... Os educadores passaram a questionar se este seria realmente a melhor forma de avaliar os alunos, e a partir de então surgiram novos métodos; um deles é o método da Avaliação Formativa.

Esse tipo de avaliação tem caráter democrático e serve para favorecer o desenvolvimento e as aprendizagens, proporcionando à alunos e professores uma reflexão quanto ao que está sendo ensinado (se os métodos educacionais estão obtendo resultados satisfatórios etc). Faz com que o aluno reflita a respeito de seu próprio desenvolvimento fazendo com que o mesmo perceba-se em constante movimento de mudança.

Em meio a tentativas de mudança a respeito da avaliação, surge o Portfólio Eletrônico, que além de ser uma prática de avaliação inovadora é também um suporte para a ancoragem do processo de produção do conhecimento do ao aluno. É um ambiente individual que caracteriza-se por um conjunto de produções do aluno em todo seu processo de aprendizagem e construção do conhecimento.

Existem alguns princípios para suas elaboração: 1º é preciso que alunos realizem uma reflexão, tomando decisões sobre como incluir suas produções (tendo a possibilidade de refazê-las sempre que necessário); 2º a construção e a elaboração de seus blogs, ou outras ferramentas que possuam o mesmo objetivo, são realizadas pelos próprios alunos; 3º é preciso ter criatividade, para saber transmitir o conhecimento de forma inovadora, interessante; 4º autoavaliação, é um dos principais desafios para os alunos, pois estes devem ter senso crítico e honestidade para avaliar suas próprias produções; 5º parceria, para que alunos e professores possam juntos participar do trabalho pedagógico; e por fim 6º autonomia, onde o aluno percebe que precisa trabalhar com autonomia.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Discurso: ouvir e pensar, eis a questão!


O livro de Michel Focault, “A Ordem do Discurso” me fez repensar quanto ao significado da palavra “discurso”. Passei então a refletir sobre a razão de sua existência e sobre as influências que o mesmo provoca no mundo. Como já suspeitava, percebi que absolutamente nada neste mundo acontece em vão e que por mais simples que algo possa parecer, com certeza, ele não é! Como disse Focault, “(...) que não se pode dizer tudo, que qualquer um não pode falar qualquer coisa”, ainda é uma verdade que em pleno século XXI no contexto de uma sociedade repleta de “tabus” não podemos conversar sobre qualquer assunto, a qualquer hora, em qualquer local... existem pré-determinações que rotulam e limitam nossos atos. O discurso é oriundo daqueles que detêm o poder; “(...) o poder pelo qual queremos nos apoderar (...)”; as palavras são usadas como forma de dominação e costumam ir muito mais além do que se diz.
Ao mesmo tempo, o discurso é questionável, provoca a sensação da dúvida, da angústia, aguça os pensamentos à descoberta da verdade. E é exatamente este sentimento que enquanto educadora pretendo despertar em meus alunos. É necessário adquirir conhecimento, fugir da alienação e conectar-se ao mundo que está em volta usufruindo de todas as possibilidades, mas também é importante que se formem cidadãos pensantes que não aceitem qualquer informação que lhes é transmitida, que raciocinem, reflitam e procurem novas soluções, novas verdades e novos discursos.